28 de nov. de 2012

TRANSPORTE PÚBLICO NÃO É MERCADORIA!!!




Apenas 10 dias depois de ser reeleito, o prefeito Eduardo Paes já fez honrar o compromisso com seus financiadores de campanha. No dia 17 de novembro, a prefeitura anunciou um aumento absurdo de 10% (dez por cento) nas passagens dos ônibus municipais, onerando ainda mais a maior parte da classe trabalhadora, que diariamente fazem uso desse meio de transporte. A desculpa para isso, melhorar as condições dos ônibus, o que nunca é percebido pela população.

Pelo contrário, a situação do transporte urbano na cidade é caótica: veículos lotados, sem ar-condicionado e em péssimas condições de manutenção, levando perigo e desconforto para os passageiros. Além disso, os motoristas e cobradores são explorados à exaustão, sem condições dignas de trabalho, em um regime de semiescravidão imposto pelas milionárias empresas do ramo. A dupla função de motorista-trocador, que diminui o gasto das empresas com salários, enquanto gera stress e desgaste para o empregado e alto risco para a segurança do próprio e dos passageiros, é uma mostra do grau de exploração ao qual são submetidos os trabalhadores do setor. Também notamos que, em vez de instalar ar-condicionado nos ônibus de tarifa padrão (como foi prometido para justificar o reajuste), vemos sua retirada de circulação, e substituição pelos “frescões”, muito mais caros.

E enquanto a população é sacrificada pelas péssimas condições do transporte, as empresas enriquecem cada vez mais, contando com o fiel apoio da prefeitura, hoje completamente refém dos interesses da FETRANSPOR. Essa submissão do interesse público ao interesse privado, essa relação promíscua entre nossos governantes e os empresários, é o que explica o fato de as passagens terem aumentado acima da inflação, apesar dos BRTs baratearem os custos das empresas.

É sempre importante lembrar que transporte é um serviço PÚBLICO, que é prestado pelas empresas sob a forma de concessão. Inclusive, a Constituição brasileira caracteriza esse serviço como de caráter essencial (art. 30, V). Portanto ele deveria ser fiscalizado e sua qualidade garantida pelo Estado, o que sabemos que não é feito. Essa lógica de precarização e não se restringe aos ônibus, mas a todos os serviços de transporte, como as Barcas, trem e metrô. Também não se limita ao Rio de Janeiro, se estendendo a todo país. Por isso entendemos que, em última instância, esta é uma questão nacional, que coloca em jogo o direito de ir e vir de todos os cidadãos.

O transporte público, justamente por ser público, não pode ser gerenciado sob a ótica da economia de mercado, que por sua natureza busca apenas maximizar seus lucros em detrimento do usuário. É por isso que defendemos a ESTATIZAÇÃO dos meios de transporte, sob o controle dos trabalhadores, como a única maneira de solucionar definitivamente o problema dos transportes. Convocamos a todos a participar do “Fórum de luta contra o aumento das passagens”. Vamos juntos à luta companheiros!


- Contra o aumento das passagens, Transporte Público não é mercadoria!
- Pelo fim da dupla função!
- Pela Estatização dos transporte público, sob controle dos trabalhadores!
         

21 de nov. de 2012

RESOLUÇÕES DO VI CONGRESSO NACIONAL DA UJC


É com grande satisfação que disponibilizamos as resoluções do nosso VI Congresso Nacional, este documento exprime nossa linha política para as diversas frentes de atuação e sintetiza nossa análise de conjuntura e avaliação da situação da juventude neste contexto de crise mundial, reafirma nosso compromisso com a solidariedade internacional e com a luta pelo socialismo.
Viva a União da Juventude Comunista!!
Ousar Lutar, Ousar Vencer!!

20 de nov. de 2012

SOU NEGRO


(Solano Trindade)

A Dione Silva 

Sou Negro
meus avós foram queimados
pelo sol da África
minh'alma recebeu o batismo dos tambores atabaques, gonguês e agogôs

Contaram-me que meus avós
vieram de Loanda
como mercadoria de baixo preço plantaram cana pro senhor do engenho novo
e fundaram o primeiro Maracatu.

Depois meu avô brigou como um danado nas terras de Zumbi
Era valente como quê
Na capoeira ou na faca
escreveu não leu
o pau comeu
Não foi um pai João
humilde e manso

Mesmo vovó não foi de brincadeira
Na guerra dos Malês
ela se destacou

Na minh'alma ficou
o samba
o batuque
o bamboleio
e o desejo de libertação...




 




Solano Trindade era poeta, ator, pintor e teatrólogo. Era brasileiro, negro e comunista.

Solano Trindade 
PRESENTE!!!


 

BONDE DA CULTURA FAZ SOM NO METRÔ DO RIO DE JANEIRO



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Na década de 90, era prática comum fazer samba nos vagões dos trens no Rio de Janeiro. O Bonde da Cultura, no século XXI, provou um pouco disso nos vagões do metrô, outro meio de transporte muito usado pelo proletariado da cidade. O Bonde fez um som pela segunda vez na linha 2 do metrô, linha que chega até Pavuna, passando por diversas favelas: Morro da Mangueira, Jacaré, Manguinhos, Morro do Juramento, Morro do Juramentinho, Morro do Engenho, Galinha, Malvina, Para-Pedro, Morro do Jorge Turco, Acari e Morro da Pedreira. Além das favelas, há nesse caminho lugares simbólicos da cidade, tais como; Feira de Acari, e Quilombo.


Falamos de revolução do proletariado, incentivamos a valorização da identidade, à essa clientela específica do metro através da nossa música. Mais uma vez percebemos que nossa música é bem aceita entre os passageiros do metro que vai em direção a Pavuna, por que novamente gerou amizades.

O Bonde da Cultura agradece o carinho de todos que curtiram nosso som e nos procuraram na web. Queremos estar com o povo trabalhador do metro na luta por uma sociedade mais humana e igualitária!

Bonde da Cultura