21 de dez. de 2013

Alojamento da UFRJ: 41 anos de precarização.


Em 2011 depois de muita luta do movimento estudantil da UFRJ foi aprovado no CONSUNI o processo de licitação para fazer a reforma do Alojamento da UFRJ. O processo de licitação foi feito com todos os atrasos que temos direito...
De acordo uma placa fixada em frente ao Alojamento da UFRJ as obras começaram em 08 de março de 2013. Quase um ano depois nada de concreto foi feito. Não exite se quer maquinários e operários no local, ou seja, as obras não começaram como diz a placa.
Hoje temos apenas 251 vagas disponível de moradia em um prédio em péssimas condições. Segunda a própria UFRJ o deficit de moradia hoje para alunos de origem popular é de DOZE MIL E QUINHETAS VAGAS.
As condições do Alojamento na maio universidade federal do Brasil continuam precárias! Como vocês podem ver neste vídeo.
Cade a reforma senhor reitor!?


23 de out. de 2013

Síria: Disputas Geopolíticas


UJC - Campos dos Goytacazes

É Revolucionária e Anti-imperialista! 

A União da Juventude Comunista teve a honra de participar e construir juntamente com o PCB, um debate sobre os conflitos geopolíticos na Síria. O evento ocorreu no IFF-Centro em Campos dos Goytacazes- RJ. 

Compondo a mesa estiveram Amaro Sérgio, professor de História e sindicalista em Campos, e Maristela Pinheiro, membro do Comitê de Solidariedade a Luta do Povo Palestino, ambos militantes do PCB, além da presença do anfitrião professor do IFF, Celso Tavares.

Com auditório lotado, todos os presentes tiveram a oportunidade de manifestar sua opinião e tirar dúvidas sobre a atual conjuntura naquela região. Chamou atenção o fato de o debate ter feito diversas conexões com a atualidade Brasileira.

A grande mensagem que fica dentre as diversas opiniões expostas, é a necessidade de se esclarecer o que de fato está ocorrendo na Síria, dando um contraponto ao discurso deturpado da grande mídia, afim de que os povos sigam unidos contra a ofensiva imperialista. 

Acreditando na soberania do povo sírio e demais povos, a União da Juventude Comunista reafirma seu caráter internacionalista e anti-imperialista, prestando solidariedade ao povo sírio e repudiando convictamente a ameaça a soberania de um povo, pelo imperialismo que visa se apoderar das riquezas naturais daquele país sob um discurso hipócrita de promoção da democracia.

Viva a internacionalismo proletário! Viva a soberania dos povos!

17 de out. de 2013

A maior de todas as violências do Estado é o próprio Estado.



“Nosso objetivo final é a supressão do Estado,
isto é, de toda a violência, organizada e sistemática,
de toda coação sobre os homens em geral”
Lenin

A maior de todas as violências do Estado é o próprio Estado. Ele é, antes de tudo, uma força que sai da sociedade e se volta contra ela como um poder estranho que a subjuga, um poder que é obrigado a se revestir de aparatos armados, de prisões e de um ordenamento jurídico que legitime a opressão de uma classe sobre outra. Nas palavras de Engels é a confissão de que a sociedade se meteu em um antagonismo inconciliável do qual não pode se livrar, daí uma força que se coloque aparentemente acima da sociedade para manter tal conflito nos limites da ordem.(Mauro Iasi) (Continue lendo)


10 de out. de 2013

NOVA GESTÃO NO DIRETÓRIO ACADÊMICO ABDIAS NASCIMENTO (DASAN) - UFF


Camaradas, é com imensa satisfação que nós da União da Juventude Comunista anunciamos que o Diretório Acadêmico Abdias Nascimento (Sociologia - UFF) agora possui uma gestão de esquerda,classista e de lutas junto as bases.

Gostaríamos de destacar por meio desta nota o papel fundamental que nós comunistas cumprimos neste processo dando um salto de qualidade no debate político sobre qual o projeto de Universidade está colocado atualmente no Ensino Superior público e qual papel a Universidade vem cumprindo, projeto este que como verificamos está altamente atrelado a uma lógica e aos interesses do capital,que visa a privatização e a mercantilização do ensino e para além disso que projeto político reivindicamos que é por uma Universidade pública, gratuita de qualidade, laica e acima de tudo de caráter popular que atenda e sirva aos interesses e a demanda da classe trabalhadora!

O curso de Sociologia da Universidade Federal Fluminense por ser um curso recente (Surge com a expansão da Universidade via Reuni) apresenta diversas fragilidades, como por exemplo a falta de professores concursados (Maioria dos professores são temporários), a falta de infraestrutura das salas, o problema que envolve o currículo do Curso de Sociologia (Falta de discussão e participação dos alunos na constituição da grade curricular), a possibilidade de fechamento do curso por conta da concepção meritocrática de ensino (via ENADE), falta de espaço físico para o Diretório Acadêmico (O prédio onde possivelmente ficarão os diretórios acadêmicos ainda não foi terminado), falta de Pesquisa e extensão (Que concerne ao tripé fundamental do Ensino Superior Público).

Para além de disputarmos o processo eleitoral tínhamos a clareza de que a tarefa mais importante na Sociologia - UFF seria de trazer os alunos para discussão de uma plataforma política que expresse não apenas interesses imediatos em geral (Deficiências essas que dizem respeito a expansão precarizada da Universidade Pública e que vem atrelada a lógica privatista) do curso,mas sim de trazer uma nova concepção ensino e educação,uma educação que marque uma ruptura com a lógica do grande capital e a concepção mercantil e privatista do ensino,apontando para uma educação que se firme como de caráter emancipatório,contra-hegemônico,classista,ou seja,uma concepção e um modelo de Universidade Popular!


Daqui para frente sabemos que serão imensos os desafios da nova gestão do Diretório Acadêmico trazendo uma linha política qualitativa e aproximando as bases para construir de forma democrática e coletiva,organizando e mobilizando para as lutas que concernem a Universidade e a sociedade,constituindo o DASAN enquanto Diretório Acadêmico que seja de lutas e combativo!

4 de out. de 2013

Todo apoio a Greve dos profissionais de educação! Contra a criminalização dos movimentos sociais!

Vivemos um momento que ficará marcado na história de mobilizações prol educação no Brasil. Desde o dia 08 de agosto os profissionais de educação do estado e município do Rio de Janeiro estão em greve. O processo de greve que tem contado com assembléias lotadas com milhares de pessoas, grandes atos, ocupações na Câmara e Prefeitura, cresce cada vez mais e ganha o apoio dos educadores da região metropolitana e da população.
A União da Juventude Comunista apóia e participa da luta dos profissionais de educação do estado, da cidade do Rio e região metropolitana (São Gonçalo, Niterói, Friburgo e Arraial do Cabo) por melhores condições de trabalho.
Repudiamos a política militar ditatorial do prefeito Eduardo Paes, do governador Sérgio Cabral e do presidente da Casa Legislativa do Rio Jorge Felipe que forçaram a arbitrária desocupação da Câmara (sem mandado oficial) e com a absurda violência do último dia 28 de setembro. Repudiamos também o praticamente estado de sítio do centro da cidade que manteve e mantém a Câmara da cidade gradeada e com um grande aparato repressivo (700 PMs) que roubou o direito democrático de professores e civis de assistir a votação e aprovação do Plano golpista de Carreira proposto pela prefeitura, que deixa de contemplar 93% da classe.
Compreendemos que é o momento de juntos fortalecermos uma frente anticapitalista que combata a lógica burguesa vigente, que dialogue e defenda os interesses da classe trabalhadora, e derrote o fascismo peemedebista que criminaliza os movimentos sociais e mantém o terror nas favelas e comunidades do Rio de Janeiro.
Estaremos na rua mais uma vez juntos na próxima segunda-feira, dia 07 de outubro, às 17h na Cinelândia contra a política neoliberal e fascista que assola não só  o nosso estado, mas todo o país.







3 de out. de 2013

I Marcha das Vadias de Niterói A violência contra a mulher não é o mundo que a gente quer!

     A primeira Marcha das Vadias em Niterói aconteceu no dia 26 de setembro às 16h na Cantareira num contexto de aumento exponencial de violência a mulher na cidade. Segundo o Instituto de Segurança Pública (ISP) a violência sexual contra às mulheres aumentou 250% em quatro anos em Niterói (no Brasil subiu 150%).  Nas semanas anteriores a marcha duas alunas da UFF foram estupradas.


    A UJC participou efetivamente na organização desde o primeiro momento nas diversas reuniões, panfletagens e demais atividades de construção do movimento discutindo sempre um caráter feminista e de classe, um projeto de cidade e país que combata a violência de gênero, o machismo, a transfobia e a homofobia,.
    A marcha seguiu da Cantareira e seguiu em direção a Prefeitura da cidade, onde chegou com aproximadamente 1000 manifestantes. Seguimos agora na construção no evento do ano que vem. Todo apoio ao movimento e pautas da Marcha das Vadias em Niterói.




- São pautas deste movimento:

. Chega de violência contra a mulher!
. Contra o machismo, racismo, homofobia e transfobia!
. Chega de assédio sexual no transporte! Transporte público de qualidade já!
. Rodrigo Neves, lugar de mulher também é no orçamento! Exigimos verba específica!
. Chega de ruas escuras! Iluminação pública eficiente!
. Chega de violência nas escolas! Por uma educação não sexista!
. Educação é um direito! Creches públicas para todos os filhos dos trabalhadores!
. Mais verbas para a saúde!
. Contra o fechamento da Maternidade Alzira Reis!
. Não ao Bolsa Estupro/Estatuto do Nascituro! Veta Dilma!
. Contra a repressão! Queremos proteção! Mais DEAMs para Niterói e SG!
. FORA CABRAL!




22 de set. de 2013

“Governo Dilma abandonou a Reforma Agrária”, afirma Alexandre Conceição

Por Iris Pacheco
Da Página do MST


O governo Dilma apresenta o pior índice de desapropriação de terras dos últimos 20 anos. Em 2012, apenas 28 imóveis rurais foral alvo de decreto. Em 2013, nenhum imóvel foi desapropriado até o momento.

Durante o primeiro semestre desse ano, movimentos sociais do campo realizaram diversas jornadas de lutas, com pautas conjuntas ou específicas, colocando a necessidade emergencial do governo realizar a Reforma Agrária no Brasil.

De acordo com Alexandre Conceição, da Coordenação Nacional do MST, o governo abandonou a Reforma Agrária e absteve-se de cumprir a sua obrigação constitucional.

Conceição também afirma que, no próximo período, o MST vai intensificar as jornadas de lutas contra a ofensiva do capital estrangeiro e fará ocupações de latifúndios improdutivos.

Ao mesmo tempo, fará alianças para consolidar a construção do projeto da Reforma Agrária Popular, diante da necessidade de mudança do modelo agrícola do país.

Confira a entrevista concedida à Página do MST:

O governo permanece em silêncio no quesito Reforma Agrária. Qual é sua avaliação sobre essa postura?


O governo Dilma abandonou a Reforma Agrária. Ao fazer isso, não está apenas se acovardando, mas cometendo uma violação constitucional – que  perdura desde o estabelecimento da Constituição – e que no último período tem se agravado de maneira muito crítica.

Essa postura do governo deixa claro a opção em benefício do latifúndio e sua posição de refém da aliança com o agronegócio.

Por que o governo não desapropria latifúndios para a Reforma Agrária?

Porque o governo aposta no agronegócio como modelo de desenvolvimento para o campo. Temos dialogado com o governo, mas sem resultados concretos.

Segundo dados do Incra, atualmente há mais de 180 milhões de hectares classificados como grande propriedade improdutiva no país. O governo não se mexe para promover a democratização da terra.

Não conseguimos nada porque o núcleo central do governo não quer saber da Reforma Agrária. Diariamente novos procedimentos e portarias são inventados e emperram ainda mais o processo.

A Reforma Agrária depende de desapropriações de grandes propriedades improdutivas, como determina a Constituição.

Quanto de recursos públicos o governo destina para os agricultores familiares e para os latifundiários?

Neste ano, foram disponibilizados R$ 21 bilhões no Plano Safra 2013/2014 para a agricultura familiar. O valor é 16,6% maior que o destinado ao setor no ano passado, de R$ 18 bilhões.

Para o agronegócio, no entanto, se disponibilizou R$ 136 bilhões, ou seja, dez vezes mais investimentos do que à agricultura familiar, responsável por produzir 70% dos alimentos e gerar nove empregos por hectare.

Além disso, o agronegócio, que está completamente endividado, protela as dívidas com o governo brasileiro, enquanto as dívidas dos agricultores familiares nos bancos demoraram para serem renegociadas.

Os índices de produtividade ainda são um entrave em todo o processo?

O índice de produtividade do Brasil não é atualizado desde 1975 e segue sendo um dos piores da América Latina. Nesses mais de 30 anos, o campo passou por muitas mudanças e se torna inconcebível nivelar a produção agrícola atual com a de 1975.

O governo não teve a coragem de rever a questão dos índices. Essa revisão, sem dúvidas, proporcionaria um grande desentrave na Reforma Agrária no país.

Qual o reflexo para o campo com a inoperância da Reforma Agrária?


Reflete-se na violência do campo. Além de inoperante, é um governo de composição inclusive com o latifúndio e, por isso, não enfrenta os ruralistas e não desapropria terras para Reforma Agrária.

Sem avanços na democratização da terra, o Movimento intensificará a luta e ocupará latifúndios para enfrentar a ofensiva contra os povos do campo.

Nesse aspecto, o Judiciário se converte no principal conivente do latifúndio: é super ágil para criminalizar os Sem Terra, mas ao mesmo tempo garante a impunidade dos crimes do latifúndio.

Como você vê o discurso do governo sobre o Judiciário ter emperrado o processo de novas áreas para criação de assentamento em 2013?

Além de garantir a impunidade dos conflitos no campo, o Poder Judiciário segurá os processos de criação de novos decretos para desapropriações de áreas.

Dos atuais 523 processos envolvendo Reforma Agrária no país, 234 estão paralisados.

Portanto, é dever do governo Dilma trabalhar de forma articulada com o Judiciário para que se resolvam os impasses que deixam as áreas numa situação jurídica indefinida por anos.

Qual é a importância da Reforma Agrária para a sociedade?

Atualmente, 85% das terras agricultáveis no Brasil cultivam soja, enquanto que a agricultura familiar é responsável por 70% da produção de alimentos para consumo interno, mesmo tendo apenas 15% das terras agricultáveis do país.

O agronegócio é apenas uma forma de se apropriar do lucro obtido pelo comércio agrícola, mas não resolve os problemas do povo. Ao contrário, apenas piora, principalmente pela incidência do uso de agrotóxicos e transgênicos no país, que têm afetado a saúde do povo brasileiro.

Esse modelo não serve para o Brasil. Precisamos de um modelo que garanta a produção de alimentos saudáveis para a sociedade brasileira por um custo de obtenção considerável. Assim, cria empregos e formas de vida saudáveis para a população camponesa não se marginalizar nos grandes centros urbanos.

Permitirá desenvolver técnicas de aumentar a produtividade e a produção sem destruir a biodiversidade do planeta.

O viés para efetivar a construção desse modelo é o projeto da Reforma Agrária Popular, que defende a desapropriação massiva de áreas improdutivas, tendo a agroecologia como base para o desenvolvimento do campo.

Diante dessa conjuntura, como o Movimento pretende atuar no próximo período?

O MST vai continuar lutando e ocupando os latifúndios improdutivos, combatendo a monocultura e lutando contra a ofensiva do capital estrangeiro na agricultura brasileira.

O governo precisa mexer no índice de concentração fundiária do país, em vez de investir em programas compensatórios que não promovem a Reforma Agrária, levando aos assentados e assentadas o endividamento crônico.

Ao mesmo tempo, vamos costurar alianças que consolidem a construção do projeto de uma Reforma Agrária Popular para o Brasil, ao representar a necessidade de mudança do modelo agrícola do país.

É necessário reorganizar o setor agroindustrial, baseado em cooperativas e não grandes empresas transnacionais. Adotar a matriz tecnológica da agroecologia, preservar o meio ambiente e frear o êxodo rural para as grandes cidades.


26 de ago. de 2013

SOLIDARIEDADE À GREVE DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO NO RIO DE JANEIRO. POR UMA EDUCAÇÃO POPULAR!

A União da Juventude Comunista (UJC) expressa seu apoio e participa da construção desse movimento de greve, construindo cotidianamente a greve junto às demais categorias nas escolas onde está organizada. Com mais de 80% das escolas paradas, os funcionários e professores da rede estadual e municipal exigem melhoria das condições de trabalho, o fim da precarização do trabalho de docente e denunciam que a aprovação automática nas escolas públicas continua acontecendo, de forma maquiada. Outra grave denúncia é em relação às condições de trabalho das merendeiras e auxiliares de creche, que recebem menos que um salário mínimo e jornadas de trabalho extensivas. A desestruturação da carreira docente, as péssimas condições de trabalho a que estão submetidos professores e servidores, o aumento das terceirizações, assim como salas de aulas lotadas, falta de professores, parca assistência estudantil e instalações precárias figuram entre os principais problemas enfrentados no cotidiano de todos aqueles que passam pelas escolas.

A precarização da educação brasileira não deve ser entendida somente como um problema de ordem administrativa ou de financiamento, mas algo que vai muito além. O sucateamento da educação pode ser traduzido numa concepção de Estado que há anos vem sendo implantado no Brasil, que preza por uma lógica de mercado e por parcerias com empresas privadas, colocando nitidamente a Educação sob interesses privados. Tendo em vista essas reflexões, a União da Juventude Comunista não tem a ilusão de alterar esses problemas da educação sem superar por completo a inserção das relações sociais e produtivas próprias da ordem social em que vivemos e que são base de um número sem fim de problemas que afetam a educação brasileira e seu caráter.

Isso significa que não devemos nos restringir a uma luta reativa ou a simples defesa de uma educação pública, gratuita e de qualidade, mas, sobretudo, de uma educação popular. Devemos, de uma vez por todas, debater coletivamente um projeto de educação que esteja balizado nas demandas concretas dos trabalhadores e que contribua para um processo mais amplo de transformação social; desta forma, levantamos a bandeira da EDUCAÇÃO POPULAR. Para tanto, esperamos construir junto a todos os setores e organizações, um calendário unificado de lutas para os próximos períodos na perspectiva de lutar por uma Educação pública, gratuita, democrática, de alta qualidade e popular!





Pela Valorização dos servidores técnicos e docentes!
Passe Livre integral e irrestrito;
Eleições Diretas para Diretores;
Em defesa da Educação 100% Pública, Gratuita e de Qualidade;
Toda solidariedade a greve dos profissionais da educação!


EDUCAÇÃO NÃO É MERCADORIA! POR UMA EDUCAÇÃO POPULAR!

14 de ago. de 2013

Só o Poder Popular resolve! Não tenha ilusões com a velha política.


A União da Juventude Comunista (UJC) apoia e participa dos movimentos de ocupação de câmaras municipais, como no Rio de Janeiro e Ni-terói. Tais movimentos protagonizados por setores da juventude demonstram o grau de descontentamento da população com o atual sistema político representativo no país - dominado por inte-resses empresariais e clientelistas, corruptos e totalmente distantes das necessidades populares.

A intensificação das lutas sociais desmascara como o poder institu-cional não é o poder de todos, mas sim o de uma pequena elite que detém o poder econômico – e seus capachos nos governos. Para a UJC, a experiência das ocupações é válida para avançarmos na construção de uma outra forma de poder. Os debates e legislações das casas parlamentares não respeitam a maioria da população, em especial as classes populares. E não serão modificações pontuais na organização dessas instituições, que farão avançar a organização popular. É necessário conceder à voz para o povo trabalhador e resolver os problemas que este sente na pele!






Estamos nas ruas para ter mais saúde e educação pública, para ter um transporte público, barato e de qualidade, para acabar com a rotina de violência policial nas favelas, pelo fim das remoções e o encarecimento do custo de vida. Resumindo: somos contra a mercantilização da vida e suas consequências. Por isso, levantamos nossas bandeiras, que não serão aprovadas por um modelo de po-der a favor de empresários, como o atual, mas sim pelo fortaleci-mento da organização de uma outra forma de poder: Autônomo, para os trabalhadores e a juventude, o poder popular.

Pelo direito a cidade!

Pela estatização dos transportes públicos! Tarifa Zero Já!

Pelo fim da dupla função! Melhores condições de trabalho e salá-rios para os rodoviários!

Pela desmilitarização da segurança pública! Chega de violência policial!

Moradia já para os desabrigados!

Pelo fim das remoções!

Contra a mercantilização da vida! Chega de Capitalismo!

Fora Cabral! Pelo Poder Popular!

12 de ago. de 2013

"Fora Cabral" e as recentes ocupações e lutas da esquerda combativa.

      O governador Sérgio Cabral vem demonstrando há muito tempo que não governa nem governará para a classe trabalhadora nem para os mais pobres. Os interesses políticos e as alianças para a governabilidade de Cabral o fazem escravo e braço direito dos interesses da burguesia no poder executivo, o que também parece não incomodar o governador.

      Na noite do dia 8 de agosto a juventude foi novamente para as ruas com um ato organizado por seus instrumentos de luta da esquerda, como o "Fórum Contra o Aumento das Passagens". Durante final da tarde e noite a população do centro ouviu gritos contra as remoções, pela explicação e solução do "caso Amarildo", pela desmilitarização da PM, entre outras, além da principal demanda do ato: o "fora Cabral".

      O ato transcorreu da Candelária em direção à ALERJ sob forte policiamento e fiscalização policial, quando foi recebida a notícia de que a ALERJ estaria ocupada por manifestantes, e trabalhadores do setor do petróleo. Após uma ou duas horas de tensão, a ALERJ foi desocupada por Policiais Militares e foi recebida a notícia que a Câmara Municipal estaria ocupada. A ocupação da Câmara se mantém até o momento, com reivindicações sobre a legitimidade da CPI dos Ônibus.



      É essencial agora é que não desocupemos as ruas. Precisamos organizar nossas unidades de luta e principalmente lutar pela unidade da esquerda. Não será possível enfrentar o grande capital com efetividade enquanto não explorarmos as ferramentas criadas por movimentos sociais, estudantes e trabalhadores.

Pedro Corrêa, do C.A. de Psicologia da PUC-Rio

Não desocupemos ruas e praças!
Fora Cabral!
Pelo Poder Popular!

10 de ago. de 2013

É preciso acabar com a ilusão de que o governo brasileiro é progressista e antiimperialista.

*Fonte: www.pcb.org.br

No imaginário da esquerda latino-americana os governos petistas são progressistas; alguns chegam a idealizá-lo como antiimperialista. Isso ainda tem a ver com o passado combativo do PT e de Lula, seu principal referente.

Superar esta ilusão, este obstáculo, é de fundamental importância para avançarmos na construção de uma unidade de ação continental revolucionária, anticapitalista e antiimperialista. O PT é hoje um partido da ordem capitalista, a serviço do “neodesenvolvimentismo”. Domesticou e cooptou as entidades de massa, como a CUT e a UNE.

No Brasil, nunca os banqueiros, as empreiteiras, o agronegócio e os monopólios tiveram tanto lucro. A política econômica e a política externa do Estado burguês brasileiro estão a serviço do projeto de fazer do Brasil uma grande potência capitalista mundial, nos marcos do imperialismo. As chamadas multinacionais de origem brasileira, alavancadas por financiamentos públicos, já dominam mercados em muitos países, notadamente na América Latina, um grande canteiro de obras da Oderbrecht e de outras empreiteiras favoritas do governo e que são os principais financiadores do PT. A Petrobras, apresentada na América Latina como estatal, é uma multinacional como outra qualquer, com mais de 60% de suas ações em mãos particulares.

Hoje, o governo brasileiro é o organizador da transferência da maior parte da renda e da riqueza produzida pelo país para a burguesia (através do superávit primário, da política de juros altos e do sistema tributário altamente regressivo). Cerca de 50% do orçamento se destina a pagar os juros e a amortização da dívida (externa e interna), para satisfação dos banqueiros internacionais e nacionais, assim como dos nossos rentistas (que não chegam a 1% da população). A desigualdade social aumenta. O consumo é aquecido pelo crédito farto e caro e não por aumentos salariais. O resultado é que as famílias brasileiras têm um dos mais altos índices de endividamento do mundo, que compromete 46% de suas rendas.

Na visão do PCB, não há contradições significativas entre a burguesia brasileira e o imperialismo. Este, no caso do Brasil, não é um inimigo externo a ser combatido pela nação, numa frente de conciliação de classe entre o proletariado e a burguesia “nacional”. Pelo contrário, o Brasil é parte, mesmo que de forma subalterna, do sistema imperialista mundial, apesar de suas contradições e de ser ainda um ator coadjuvante em ascensão. A contradição fundamental da sociedade brasileira é entre o capital e o trabalho, o que objetivamente define o caráter da revolução brasileira como socialista e não nacional libertadora.
Aqui neste Encontro, os reformistas que dão sustentação aos governos petistas tentarão, mais uma vez, iludir os companheiros, dizendo que o ressurgimento das lutas de massa no Brasil se deve ao fato de o povo querer ampliar as mudanças trazidas pelos governos petistas. Nada mais falso.

A opção dos governos petistas pela governabilidade institucional e pelo “neodesenvolvimentismo” capitalista é a principal responsável pela explosão de setores proletarizados da sociedade brasileira. Na verdade, como um pavio de pólvora, um novo reajuste das tarifas de transporte público (todo ele nas mãos de máfias da iniciativa privada), desmontou a mentira oficial de que os brasileiros viviam felizes e em harmonia, num capitalismo “de rosto humano”. O sucateamento e a privatização da saúde, da educação e dos serviços públicos em geral são os fatores determinantes da revolta popular.

As alianças com o centro e a centro-direita para garantir a tal governabilidade fizeram esse governo refém e operador político dessas forças levando a que, em dez anos, não produzissem uma medida sequer de natureza socializante nem democratizante. Ao contrário, promoveram contra-reformas. A pauta legislativa brasileira está nas mãos do PMDB, um partido burguês que preside a Câmara dos Deputados e o Senado, comanda seis ministérios e tem mais influência nos governos e parlamentos estaduais e municipais. Não se pode chamar esse governo sequer de reformista, mas de social-liberal.

Os resultados são a retomada das privatizações em grande escala, a entrega de nossas reservas de petróleo, a opção pelo agronegócio, pelo sistema financeiro e grandes monopólios; a desoneração de impostos para o capital, a precarização do trabalho (com mais e piores empregos); a política de superávit primário, com o sucateamento do serviço público; a banalização da corrupção; o endividamento crescente das famílias, a falta de perspectiva para a juventude, o descrédito na política e nos partidos políticos.
Para mostrar o governo como progressista e captar solidariedade, os ideólogos reformistas, valendo-se da frustrada tentativa da ultra-direita de mudar os rumos dos protestos, levantaram o fantasma do golpe de direita, como se as oligarquias quisessem derrubar um governo que age a serviço delas, com competência e com a vantagem de iludir e apassivar os trabalhadores.

Diante da queda de popularidade da Presidente, o PT - depois de dez anos de submissão à institucionalidade burguesa – tenta agora mobilizar o povo para o que chama de reforma “política”, em verdade uma reforma eleitoral de fachada, que não muda em absolutamente nada o caráter da democracia burguesa.

E para que pareçam progressistas – pensando nas eleições de 2014, diante de um possível fracasso eleitoral de Dilma -, setores petistas distanciam-se da Presidente e clamam por Lula, acusando-a (aliás corretamente) de governar segundo padrões neoliberais, como se o mandato dela não fosse a continuidade de oito anos de governo Lula que, segundo suas próprias palavras, “destravou” o capitalismo e promoveu “o espetáculo do crescimento”.

29 de jul. de 2013

O Telemarketing e o Processo de Precarização do Trabalho.

Nós da UJC, criada no dia 1° de Agosto de 1927, hoje uma frente de massas, tem como tarefa indicar aos milhões de jovens brasileiros o caminho de sua organização e unidade na luta pela paz, pela democracia popular e pelo socialismo. Sempre estivemos ao lado dos trabalhadores, e agora, não seria diferente durante os ataques aos direitos trabalhistas realizado pelo governo Dilma.



O setor de telecomunicações demonstra-se estratégico no marco da acumulação capitalista, as empresas de Call Center, no interior do processo de reorganização produtivas, ganharam um enorme impulso no Brasil a partir da década de 90, devido às privatizações iniciadas por Collor/FHC e continuadas no governo PT passaram portanto à cortar gastos para se manterem competitivas no mercado.

Exemplificamos o caso dos bancários que antes da grande greve da categoria na década de 80, empregava aproximadamente 1 milhão de trabalhadores, e hoje não ultrapassam 300 mil. Fica claro, que este trabalho não se “extinguiu”,e sim, foi reincorporado pelos trabalhadores do Call Center, que hoje, em condições precárias de trabalho empregam mais de 1,5 milhão. Visto que esta categoria ainda não possui regulamentação claramente definida na justiça do trabalho, o que favorece os acordos elaborados em conjunto com o sindicalismo de cúpula atrelado aos patrões, tais prática abrem precedentes para as políticas de ajuste.

Após as longas jornadas de trabalho e o desvio de função (operador multifuncional), doenças ocupacionais tornam-se recorrentes (auditivo, nas cordas vocais, musculares, stress), além do assédio moral, discriminação e constrangimento, sendo motivadora para tais arbitrariedades: a política de metas.

Os capitalistas visando o lucro, ainda atentam sob o controle fisiológico dos trabalhadores, determinando quantas vezes devam ir ao banheiro, um escárnio à humanidade, levando a cabo o nível brutal de exploração que beira à relações animalizadas, no interior da produção seguindo à lógica da reorganização do tempo e espaço. Aos comunistas não resta outra saída, a não ser organizar e dar um sentido as lutas que se expressam na contraditória e desigual sociedade brasileira.

Somos contrários:
. Assédio Moral e Sexual
. Plano de Metas
. Terceirizações e Contratos Temporários

Reivindicamos por:
. Cumprimento da Jornada de trabalho de 6 horas diárias
. Salários de acordo com o piso da categoria
. Insalubridade, adicional noturno e melhores condições de trabalho





20 de jul. de 2013

Todo Apoio ao Movimento Cabruncos Livres!

     A atmosfera de otimismo vivida pelos brasileiros em função do aumento de consumo, via crédito, demandado pela expansão do capital, hoje não se sustenta mais. A denominada nova "classe média" trocou o alienado otimismo (forjado pela mídia) pela indignação.

        O quadro está posto: A inflação elevada disparou o preço dos alimentos e de outros bens de consumo, diminuindo o poder de compra dos trabalhadores. A família brasileira endividada, pagadora de uma carga tributária elevadíssima - uma das maiores do mundo - ainda é refém de serviços públicos básicos em estado calamitoso: filas para marcação de exames, escolas sucateadas e com falta de profissionais, transporte insuficiente... Enquanto isso o Governo Federal direciona 28,1 bilhão de reais para as obras da COPA DO MUNDO!

      Fica claro para nós que o aumento das tarifas do transporte público e os exorbitantes gastos com a copa foram somente a gota d'água nesse oceano de problemáticas que estão submetidos os brasileiros. Mediante essa onda de insatisfação, a juventude deu o pontapé inicial, indo às ruas por um país melhor - ainda manobradas, infelizmente, pelo espírito espontaneista e "nacionaleiro" - com bandeiras e palavras de ordem genéricas e pueris, o que significa dizer que passamos agora por um processo de construção dialética em disputa político/ideológica (entre setores progressistas, revolucionários e setores fascistas e reacionários).

Movimento Cabruncos Livres em Campos:


         Em Campos o Movimento Cabruncos Livres nasce dessa conjuntura de "inquietude" das massas em marcha. Após uma série de plenárias públicas e grandes manifestações, em seu próprio processo de desenvolvimento autônomo, vem superando suas principais contradições. Se antes o antipartidarismo e o "moralismo pequeno-burguês" ameaçava a consolidação do caráter classista do movimento, hoje os organismos históricos da classe trabalhadora - Sindicatos, movimentos sociais, entidades de base, associações e partidos de esquerda - já dão sua contribuição política mais avançada, privilegiando pautas que dialoguem com as demandas locais mais concretas, sem abandonar as bandeiras nacionais tão necessárias, como o Fim dos Leilões do Petróleo.

         Pautas locais como: a municipalização do transporte público sob controle da população, reabertura das escolas do campo, eleições diretas para diretores das escolas,  orçamento participativo, convocação para concursos públicos e garantia de 80% dos cargos efetivos para concursados, entre outras pautas, estão na ordem do dia da luta. Outro grande avanço do Cabruncos é a inserção do movimento na comissão POPULAR de construção da Lei  Orgânica do município, atualmente em processo de reforma pela câmara de vereadores. 

        Para a UJC, a consolidação do Movimento Cabruncos Livres como espaço/movimento popular de debates, formulador de propostas, agente de ação direta nas ruas, através de amplas manifestações, são mecanismos de construção do PODER POPULAR.

         A tarefa fundamental que devemos assumir, companheiros, é o exercício de educar a juventude e os trabalhadores na luta prática, por conquistas concretas por mais direitos e melhores condições de vida - denunciando  as contradições do sistema do capital e sua infindável necessidade de reproduzir-se, sacrificando a autodeterminação dos trabalhadores e lhes arrancando direitos.

A Tarefa Central da Universidade no avanço do MCL:

         É importante compreendermos que a concepção de cidade (e a gestão pública) que temos, está submetido a decisão das elites: especuladores de imobiliários, empresas industrias, entre outros setores burgueses. O que resta à população mais pobre é a segregação espacial nos limites da periferia campista, sem acesso a serviços públicos de qualidade, constrangidos por políticas paliativas - chamadas compensatórias - que são completamente incapazes  de tirá-los da condição de subalternidade  e pobreza em que estão submetidos.

         Na contramão do projeto conduzido pelas elites e seus representantes políticos, há  projeto de  de cunho emancipatório, de participação direta da população organizada. Esse modelo horizontal e popular perpassa pela questão da produção do conhecimento. A universidade que queremos deve servir sua pesquisa e extensão às demandas concretas e imediatas das classes populares e trabalhadores. Portanto, rompendo com os parâmetro  meramente mercadológicos que infelizmente predominam no interior da ordem social em que a universidade brasileira está inserida.

         Mapear as áreas com maior demanda por linhas de ônibus, projetar alternativas de vias rodoviárias; elaborar projetos  que utilizem energia solar  - limpa - para cooperativas de trabalhadores, criar sistemas de otimização da agricultura familiar, pesquisa e levantamento de dados do tempo médio para marcação de exames  na rede pública ... São alguns exemplos de iniciativa verdadeiramente populares  ligadas à pesquisa e a extensão. Essa deve ser a tarefa da comunidade universitária (estudantes, professores e técnicos) em luta em nosso município. Logo, com a universidade dedicando parte dos seus trabalhos científicos para para embasar as reivindicações do Movimento Cabruncos Livres, poderemos efetivamente apresentar alternativas ao modelo de cidade vigente. Isso quer dizer que a UNIVERSIDADE POPULAR estará do povo e para o povo!

Todo apoio aos Cabruncos Livres!
União da Juventude Comunista - Campos Rj




9 de jul. de 2013

Jovens Comunistas convocam para Greve nas Ruas!

Nesta quinta-feira, dia 11/07, está marcada uma grande paralisação, uma Greve Geral convocada pelas principais centrais sindicais. Os trabalhadores terão neste dia a oportunidade de ocupar as ruas e de se inserirem nas lutas sindicais e sociais de maneira combativa. Apesar da oportunidade de inserção dos trabalhadores e suas entidades de classe nas lutas cotidianas, a maioria das centrais sindicais presentes não contém um caráter combativo, e isso é claro. Nos últimos anos as centrais sindicais não vêm tocando lutas importantes na ampliação de direitos dos trabalhadores, vindo até mesmo a abafar greves e reivindicações que cada vez mais se ampliam em todo território. Obras do PAC, indústria, comércio e outros setores vêm promovendo constantes greves nunca antes vistas desde o processo de redemocratização brasileira.

Trabalhadores de todo o Brasil estão cansados de sindicatos conciliadores, pelegos e patronais. Mais do que se dizerem representantes da classe trabalhadora, os sindicatos precisam agir como classe trabalhadora, não como correia de transmissão do governo ou de interesses patronais.

Os movimentos legitimamente classistas devem se inserir na luta convocada para esta quinta feira, pois esta apresenta uma importante oportunidade de trazer o trabalhador para a política, para as ruas, para a real organização. A palavra democracia não pode mais servir apenas como um termo abstrato, ela tem que ser concretizada como democracia participativa. O capitalismo dos últimos tempos vem se afastando cada vez mais da possibilidade de democracia, do Poder Popular.

O pessimismo de grande parte dos trabalhadores quanto a política e governantes agora tem a chance de se transformar em força orgânica para a mudança, na construção de uma nova sociedade não mais controlada pelo capital! Por isso é importante frisar que não queremos nem a burguesia nem o PT no poder - que propõe uma reforma trabalhista como massacre aos nossos direitos e uma reforma política para controlar do nosso futuro -, mas sim os trabalhadores.

A UJC convida militantes, organizações amigas e simpatizantes a participarem de uma panfletagem amanhã, dia 10/07, às 17 horas, na empresa CONTAX, R. do Passeio, 56 - Centro. Estaremos nessa ocasião panfletando e conversando com os trabalhadores, mobilizando-os para participarem da Greve Geral, injetando esperança e convocando-os a ser organizarem em torno de pautas concretas de mudança, que emergem das ruas.


Convocamos todos os trabalhadores e estudantes à se juntarem nessa grande mobilização nacional convocada para dia 11!


*Não ao pacto da Dilma e do PT com as classes dominantes. 

*Pela Assembleia Popular Constituinte.

*Por uma programa popular anticapitalista.

*Pela construção do Poder Popular.

*TODOS À GREVE GERAL DO DIA 11 DE JULHO!


7 de jul. de 2013

NOTA SOBRE O CONGRESSO DA UNIÃO ESTADUAL DOS ESTUDANTES DO RIO DE JANEIRO


Por todo o país, a juventude e o povo trabalhador estão saindo às ruas para lutar por seus direitos. Inicialmente movidos pela luta contra os aumentos abusivos das tarifas dos transportes públicos, as manifestações assumiram um caráter geral de contestação das condições dos serviços públicos e da legitimidade da política burguesa, que não escuta as vozes das ruas para manter os seus pactos com o empresariado e os políticos burgueses que lhes representam. Os estudantes são um importante motor de vanguarda de todo esse processo. Tendo a luta pelo Passe-Livre e pela Tarifa Zero assumido uma centralidade em todas as manifestações e a massiva presença estudantil na organização dos protestos em todo o Brasil.

Após todas as lutas de Junho, teremos nesse final de semana de 06 e 07 de Julho o Congresso da União Estadual dos Estudantes do Rio de Janeiro (UEE-RJ) em Petrópolis (Rj).  O que de fato isso representa para a juventude lutadora que tomou as ruas ao longo desse último mês? Por que esse espaço, pretensamente para discussão das bases, ocorreu depois do CONUNE? Onde esteve tal entidade durante os processos de luta? Durante toda a mobilização popular ocorrida no país, a UNE e as entidades estaduais ligadas a ela deram uma demonstração de como ignorar os apelos das ruas e a demonstração clara da política equivocada que a entidade assume. No principal momento de ir às ruas, essas entidades demonstraram seu apego aos gabinetes, saudando a política de um novo pacto social que tenta refrear as lutas e que assegure a manutenção das mesmas estruturas injustas e de privilégios.
#ForaCabral!

Surpreenderam-se os burocratas com o poder das massas na rua e rapidamente assumiram a palavra de ordem do passe-livre contra sua tradicional pauta de meio-passe negociado com empresários. Surpreenderam-se por não possuir respaldo junto às massas na rua. Surpreenderam-se com as palavras de ordem contra a copa, que tal entidade indicava como política o trabalho “voluntário” dos estudantes brasileiros. Surpreenderam-se tendo que ouvir das massas palavras de ordem contra políticos que eles haviam feito campanha eleitoral nas últimas eleições. Buscaram e buscam catalisar o movimento, através de seus gabinetes para blindar o governo federal, que não nos representa.

Essa entidade fez sua escolha. Quando o povo vai às ruas, a Une e a UEE-RJ reiteram seu papel de correia de transmissão da política do governo. Negam os clamores das bases do movimento estudantil que ocupa as avenidas para preocupar-se com a agenda do governo e seus aliados burgueses para manter intactas as estruturas de dominação e exploração do povo trabalhador e de sua juventude.

O lugar da juventude não é o dos gabinetes, mas sim o das ruas! Ombro a ombro com os trabalhadores! Esse CONUEE-RJ é a demonstração mais clara do desfavor que a UNE e a UEE-RJ cumprem hoje na organização estudantil. Por isso a União da Juventude Comunista(UJC) assume o seu compromisso com a luta das ruas contra o conforto dos gabinetes! Não daremos legitimidade a esse teatro de mau gosto que fazem com a juventude. Nos surpreende que existam setores combativos do movimento estudantil que ainda legitimam tal espaço, mesmo nesta conjuntura. Chamamos todos esses setores que venham às ruas e não reconheçam esse congresso artificial. Temos uma Greve Geral a construir!

O papel de todx jovem é o de cerrar fileiras com o povo trabalhador na organização de conselhos populares, na perspectiva de construção do poder popular! Apenas com a unidade de todos os lutadores numa Frente Popular e Anticapitalista conseguiremos avançar em nossas pautas e construir o amanhã que sonhamos!


*Não ao pacto da Dilma e do PT com as classes dominantes. 
*Pela Assembleia Popular Constituinte.
*Por uma Programa Popular Anticapitalista.
*Por uma Universidade Popular.
*Pela construção do Poder Popular.

*TODOS À GREVE GERAL DO DIA 11 DE JULHO!

Coordenação Estadual-Rj da União da Juventude Comunista

27 de jun. de 2013

NOTA CONTRA A VIOLÊNCIA POLICIAL: APÓS PROTESTOS POLÍCIA REALIZA CHACINA NA MARÉ



As favelas da Maré foram ocupadas por diferentes unidades da Polícia Militar do Estado do Rio (PMERJ), incluindo o Batalhão de Operações Especiais (Bope), com seu equipamento de guerra - caveirão, helicóptero e fuzis - ontem, dia 24 de junho. Tal ocupação militar aconteceu após manifestação realizada em Bonsucesso pela redução do valor da passagem de ônibus, como as inúmeras que vêm sendo realizadas por todo o país desde o dia 6 de junho. As ações da polícia levaram à morte de um morador na noite de segunda-feira. Um sargento do Bope também morreu na operação e a violência policial se intensificou, com mais nove pessoas assassinadas, numa clara demonstração de revide por parte do Estado.
Diversas manifestações estão ocorrendo em todo o país e intensamente na cidade do Rio de Janeiro. Nas última semanas a truculência policial se tornou regra e vivemos momentos de bairros sitiados e uma multidão massacrada na cidade. No ato do último dia 20, com cerca de 1 milhão de pessoas nas ruas, o poder público mobilizou a Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ), contando com o Choque, Ações com Cães (BAC), Cavalaria, além da Força Nacional. A ação foi de intensa violência contra a população, causando um clima de terror em diversos bairros da cidade.
Não admitimos que expressões legítimas da indignação popular sejam transformadas em argumento para incursões violentas e ocupações militares, seja sobre a massa que se manifesta pelas ruas da cidade, seja nos territórios de favelas e periferias!
Tal ocupação das favelas da Maré evidencia o lado mais perverso deste novo argumento utilizado pelos órgãos governamentais para darem continuidade às suas práticas históricas de gestão das favelas, de suas populações e da resistência popular. Sob a justificativa de repressão a um arrastão, a polícia mais uma vez usou força desmedida contra os moradores da Maré, uma prática rotineira para quem vive na favela. É importante observar que, quando o argumento de combate a um arrastão foi usado contra manifestantes na Barra da Tijuca, não houve a utilização de homens do Bope, nem assassinatos, mostrando claramente que há um tratamento diferenciado na favela e no "asfalto".
Repudiamos a criminalização de todas as manifestações. Repudiamos a criminalização dos moradores de favelas e de seu território. Repudiamos a segregação histórica das populações de favela - negras/os e pobres – na cidade do Rio de Janeiro.
Não admitimos que execuções sumárias sejam noticiadas como resultado de confrontos armados entre policiais e traficantes. Não se trata de excessos, nem de uso desmedido da força enquanto exceção: as práticas policiais nesses territórios violam os direitos mais fundamentais e a violação do direito à vida também está incluída nessa forma de oprimir. Foi reconhecendo a gravidade destas práticas nos diferentes estados da federação que o Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH) produziu, em dezembro de 2012, a resolução nº8, recomendando o fim da utilização de designações genéricas como “auto de resistência” e “resistência seguida de morte” e defendendo o registro de “morte decorrente de intervenção policial” ou, quando for o caso, “lesão corporal decorrente de intervenção policial”.
O governo federal também contribui com o que ocorre nas favelas cariocas, não apenas pela omissão na criação de políticas públicas, mas também por manter as tropas da Força Nacional de Segurança dentro da cidade, reproduzindo o mesmo modelo aplicado pelo governo estadual.
As/Os moradoras/es de favelas e toda a população têm o direito de se manifestar publicamente – mas pra isso precisam estar vivas/os. E o direito à vida continua sendo violado sistematicamente nos territórios de favelas e periferias do Rio de Janeiro e de outras cidades do país.
Exigimos a imediata desocupação das favelas da Maré pelas forças policiais que estão matando suas/seus moradoras/es com a justificativa das manifestações. Exigimos que seja garantido o direito à livre manifestação, à organização política e à ocupação dos espaços públicos. Exigimos a desmilitarização das polícias.
A nota está aberta para adesões de movimentos sociais e organizações através do e-mail contato@enpop.net.

Assinam a nota:

Arteiras Alimentação do Borel
Bloco Planta na Mente
Casa da Mulher Trabalhadora (CAMTRA)
Central de Movimentos Populares (CMP)
Centro de Promoção da Saúde (CEDAPS)
Cidadania e Imagem-UERJ
Círculo Palmarino
Coletivo Antimanicomial Antiproibicionista Cultura Verde
Coletivo de Estudos sobre Violência e sociabilidade – CEVIS-UERJ
Coletivo das Lutas
Coletivo Tem Morador
Comitê Popular Rio Copa e Olimpíadas
Conselho Regional de Psicologia (CRP/RJ)
Conselho Regional de Serviço Social (CRESS/RJ)
DCE-UFRJ
Deputado Federal Chico Alencar (PSOL/RJ)
DPQ
FASE
Fórum de Juventudes RJ
Fórum Social de Manguinhos
Frente de Resistência Popular da Zona Oeste
Grupo Conexão G
Grupo Eco Santa Marta
Grupo ÉFETA Complexo Alemão
Instituto Brasileiro De Análises Sociais E Econômicas (IBASE)
Instituto Búzios
Instituto de Formação Humana e Educação Popular (IFHEP)
Instituto de Defensores dos Direitos Humanos (DDH)
Instituto de Estudos da Religião (ISER)
Justiça Global
Levante Popular da Juventude
Luta Pela Paz
Mandato do Deputado Estadual Marcelo Freixo (PSOL/RJ)
Mandato do Deputado Federal Chico Alencar (PSOL/RJ)
Mandato do Vereador Renato Cinco (PSOL/RJ)
Mandato do Vereador Henrique Vieira (PSOL/Niterói)
Mariana Criola
Movimento pela Legalização da Maconha
Movimento DCE Vivo (UFF)
Nós Não Vamos Pagar Nada
Núcleo Piratininga de Comunicação
Núcleo de Direitos Humanos da PUC
Núcleo Socialista de Campo Grande
Ocupa Alemão
Ocupa Borel
PACS
Partido Comunista Brasileiro (PCB)
Pré-Vestibular Comunitário de Nova Brasília Complexo Alemão
Raízes em Movimento do Complexo do Alemão
Rede FALE RJ
Rede de Instituições do Borel
Redes e Movimentos da Maré
União da Juventude Comunista (UJC)
Universidade Nômade
Revista Vírus Planetário

14 de jun. de 2013

AOS ESTUDANTES DE TODA UFF, SOBRE AS ELEIÇÕES DO CENTRO ACADÊMICO DE HISTÓRIA CARLOS MARIGHELLA


Nós da chapa 2 “Por uma educação Popular”, viemos por meio desta, manifestar a nossa indignação em relação a impugnação de nossa chapa. No decorrer de um processo que pretensamente seria um espaço dos estudantes para o exercício da prática democrática na universidade, nossa chapa foi gravemente censurada e cerceada de participar do processo por posicionar-se de forma diversa da outra chapa e antiga gestão do Centro Acadêmico.

Já expúnhamos o quadro problemático da forma como esse processo havia sido convocado. Realizada uma convocação por meio de uma assembleia sem divulgação e com um prazo de inscrição de chapas muito curto, o que entendemos como proposital para ao máximo debilitar a organização de chapas opositoras, se formou uma comissão eleitoral sem a devida legitimidade e representatividade das posições em disputa na eleição.

A chapa 1 “Filhos do Reuni” fez 3 requerimentos a comissão eleitoral, pedindo a impugnação de nossa chapa, a chapa de oposição “Por uma educação Popular”. Alegando que havíamos mentido sobre algumas questões, desviando o foco de suas reais intenções políticas, buscaram subterfúgios para evitar que a oposição demonstrasse sua legitimidade crescente de contrapor-se ao projeto defendido pelo governo e pela chapa da antiga gestão e a nossa proposição de movimento por outro projeto de universidade organizado desde a base dos estudante.

Queremos expor nossa indignação, como também nos defender das acusações proferidas, pela única chapa adversária no processo, e acatadas pela Comissão Eleitoral.

1. Nossa fala de que o C.A. não enviou representantes as atividades da Une foi apresentada como uma mentira. A chapa 1, chegou a justificar-se com um crachá de delegado do CONUNE, onde o coordenador geral do C.A. estava como 2º suplente. Não vimos discussão ampla dos estudantes de história para discutirmos o que entendíamos sobre os espaços da UNE e as pautas que seriam discutidas e “acumuladas” nesse espaço. Esse é um entendimento político, entendendo que o C.A. deveria ser dos estudantes, logo passar por uma mínima discussão junto a eles para poder posicionar-se enquanto C.A., alguém ter ou não ter crachá não significa acumulo político nenhum para o C.A. e para os estudantes de história na nossa avaliação;

2. Um de nossos companheiros de chapa, disse em debate que a atual gestão do C.A. não enviaria representante ao Encontro Nacional dos Estudantes de História. De fato até agora, nenhum documento ou intenção de discutir o espaço foi feito comprovando a inscrição e a intensão de enviar algum representante do C.A. foi apresentado aos alunos. Caso ocorra, novamente nos parece estar sendo tocado o debate sem a participação dos estudantes. O modelo de gestão atual do C.A. nos é questionável assim como sua legitimidade política, além dos apadrinhamentos e de suas práticas despolitizadas de condução do C.A.;

3. Em uma publicação na página de nossa chapa, no facebook, dissemos que a atual gestão do C.A. foi a favor da posição reacionária da UNE, de negociar nosso direito a meia entrada e em relação ao monopólio das carteirinhas para usufruirmos deste direito. Nós da chapa 2 “Por uma educação popular” entendemos que quem cala, consente. Em nenhum momento a atual gestão do C.A. mobilizou os estudantes para lutar contra essa atitude da UNE, que ataca um direito conquistado através de muita luta do movimento estudantil. A maioria das pessoas que compõem o C.A apoiou a chapa 3 nas eleições do DCE, a chapa que defendeu essa medida tomada pela UNE. Essa é uma avaliação que vem sendo feita nacionalmente por estudantes de esquerda de dentro e de fora da UNE sobre os rumos que o campo majoritário, compostos pelas mesmas organizações que hoje estão na chapa “Filhos do Reuni”, vem tocando na direção da entidade.

Não concordamos e não enxergamos motivos para a impugnação de nossa chapa. Essa atitude apenas mostra como pode vir a ser a gestão do C.A. Carlos Marighella, caso a chapa 1, prossiga na gestão, anti-democrática e golpista. Repete-se mais uma vez, a perseguição que historicamente a esquerda vem sofrendo, não somente dentro das universidades, mas em todas as instituições que compõem o estado.

Com o ocorrido, nossa chapa foi crucialmente prejudicada no processo, e com isso a democracia em nosso curso e em nossa universidade também, afinal, que eleição democrática é essa, onde haverá apenas uma chapa concorrendo? E onde a chapa de oposição é impugnada sem motivo? Alguns componentes de nossa chapa ainda foram agredidos verbalmente por um membro da comissão eleitoral, que aos berros os ofendeu com xingamentos homofóbicos e vulgares. É essa a comissão eleitoral que queremos para garantir a democracia em nosso curso e nossa universidade? Com certeza, não.

Também fomos agredidos verbalmente com comentários racistas, machistas e homofóbicos além de sofrermos intolerância religiosa e política.

Por isso companheiros e companheiras, viemos parabenizar a todos pela vitória de ontem, Conseguimos reverter o golpe que sofremos, e agora será puxada uma nova assembléia para a próxima semana. Serão feitos um novo regimento, uma nova comissão eleitoral e novas inscrições de chapa. Com muita garra e união a esquerda conseguiu superar os obstáculos impostos pelo governo golpista, que tentou mais uma vez calar um programa político antagônico ao projeto do capital.

Parabéns a todos os companheiros da chapa ou não, mas que acreditam no projeto por um novo modelo de universidade, pelo esforço, diálogo e espírito de luta. Vivemos convidar a todos os estudantes que quiserem conosco dar continuidade a construção desse projeto, e fortificar cada vez mais a oposição, por um C.A combativo . Em nome da democracia e do respeito ao legado do camarada que nomeia o Centro Acadêmico de História da UFF-Campos, Carlos Marighella. 

10 de jun. de 2013

NOTA DE AVALIAÇÃO DA UNIÃO DA JUVENTUDE COMUNISTA SOBRE A ELEIÇÃO DO DIRETÓRIO CENTRAL DOS ESTUDANTES DA UFF

         

   Depois de mais uma eleição do DCE da Universidade Federal Fluminense e da vitória extremamente apertada do governismo, infelizmente apenas acompanhamos provocações despolitizadas de todos os lados, sem a apresentação de um balanço e perspectiva deste processo. É com este entendimento e em respeito aos estudantes que a UJC apresenta uma primeira reflexão sobre o polarizado processo eleitoral e sobre as perspectivas de ações para os estudantes identificados com as causas populares e com uma radical transformação da universidade. A UJC, reorganizada na UFF desde 2008, participou da última gestão do DCE-UFF e construiu ativamente junto a outros coletivos e estudantes independentes a chapa LIVRES nestas últimas eleições do DCE.

          Para além dos erros e acertos na antiga gestão ou na própria condução da campanha para o DCE, julgamos essencial compreendermos o atual contexto político do movimento estudantil nas universidades públicas, notoriamente marcado pela ofensiva dos setores governistas nas eleições de DCE. Ofensiva relacionada, sem dúvida, com o projeto educacional governista em curso para a educação, projeto concatenado com o atual modelo conservador de desenvolvimento via a agenda privatista para setores estratégicos da nossa economia,persistência de problemas estruturais para o povo trabalhador como,por exemplo, a ausência de reforma agrária e urbana,sucateamento do SUS, e a precarização da educação pública. No caso da UFF o REUNI, para nós uma expansão (insuficiente) da universidade pública,também está articulada com as demandas deste modelo de desenvolvimento conservador para o país.Conservadora não apenas em sua forma, mas em seu conteúdo, vide as reformas curriculares adequando a estrutura dos novos e antigos cursos às demandas de mercado. Além disso, a ausência de políticas universais de assistência estudantil e de boas condições de trabalho para os professores e técnicos administrativos se intensifica com a consolidação deste programa governamental.

    Diante desse quadro, o movimento estudantil combativo vem articulando-se em um processo de mobilização de resistências importantes. Da ampla luta contra a aprovação do plano de metas do REUNI nas universidades, passando pela onda de ocupações de reitorias no ano de 2011 e pela grande greve nacional das IFES do ano passado, se desdobra a potencial reorganização do movimento estudantil pela base. O movimento estudantil da UFF teve o DCE como importante instrumento de realização das lutas.
   
          Apesar de estas contradições estarem se intensificando, a expansão da universidade pública – mesmo que atrelada às demandas do capital – fez com que parte significativa dos estudantes, muitos de origem popular, concordasse com ela. Sinal do nítido processo de ofensiva de uma hegemonia mercadológica para a universidade, juntando com a deficiência do campo de esquerda em ter apresentado qualquer tipo de projeto alternativo de educação, não realizando este debate para além do campo moral ou do esquerdismo irresponsável.


         O resultado eleitoral também revela a total dependência que o campo governista tem em relação a uma base conservadora, vinculada a grupos privados no interior da universidade. Isso é explicitado, por exemplo, pelo apoio que tal campo recebeu de professores ligados aos cursos pagos e fundações de apoio na Engenharia. Infelizmente, não estaremos fazendo oposição no DCE a um ou dois grupos políticos de estudantes com as suas convicções e programas, mas a uma complexa rede de afinidades e alianças que repercutem no atual projeto de educação do país. Projeto que expande o Ensino Superior, privilegiando as universidades privadas e os setores privados dentro da universidade pública, e que se traduz em diversas iniciativas governamentais, como o PROUNI, o REUNI ou a EBSERH.

 E qual a alternativa neste cenário?


       Para nós da UJC, a intensificação do atual modelo de universidade gerenciado pelos governos e calcado nas demandas de mercado, se trata de um modelo estranho às demandas populares e da grande maioria dos estudantes. A vitória apertada da chapa vinculada a este projeto de educação revela mais um sintoma da ofensiva política e ideológica conservadora. As contradições deste modelo tendem a se acelerar no próximo período, principalmente em um cenário de corte de gastos sociais e opções conservadoras do governo para resolver os impactos da crise. Enquanto o governismo está dependente de suas alianças com setores privados da universidade e aproveitando uma “maré’ ilusória das políticas de expansão privatista do Ensino Superior, o campo de esquerda, a partir da necessária crítica e autocrítica política, não tem rabo preso com grupos privados, reitorias e governos. E por isso a esquerda tem a oportunidade de construir não apenas uma resistência ao modelo de universidade para o capital, mas uma verdadeira contra-ofensiva, organizando de maneira ampla e diversa os muitos estudantes identificados com as causas e demandas do povo trabalhador de dentro e fora da universidade.

        
       É chegado o momento de massificarmos a discussão da construção de outro projeto de Universidade, o projeto de uma Universidade Popular! Dessa forma, nós convocamos todxs xs estudantes a construírem na UFF o MOVIMENTO DE UNIVERSIDADE POPULAR (MUP)! Também defendemos a continuidade da unidade entre as esquerdas no movimento estudantil, no entanto uma unidade responsável e programática que consiga construir um movimento massivo a partir das lutas na UFF. Somente uma ação política que extrapole a tradicional disputa de entidades estudantis, resistindo às privatizações e lutando pelo entrelaçamento dos estudantes com os setores populares na extensão, nas pesquisas e no ensino de nossa universidade é que se poderá desmascarar o papel que cumpre o governo e construir a necessária contraofensiva popular na UFF e na educação de forma geral! 

Criar Criar Universidade Popular!
União da Juventude Comunista